Imagine seu corpo como uma grande máquina onde os orgãos são dispositivos conectados. Cada falha em qualquer um destes dispositivos interfere diretamente no funcionamento do todo, podendo levar a máquina a um colapso. A partir desta analogia, agora imagine o coração no centro de tudo, como uma bomba que faz com que o sangue leve oxigênio e nutrientes a todos os tecidos do corpo através das artérias e suas ramificações. É exatamente isso. E quando essa bomba não funciona direito, é claro que teremos consequências no funcionamento do corpo.

Quando o músculo cardíaco se contrai, ele ejeta sangue com força, exercendo pressão, e quando relaxa, se enche de sangue, e assim segue do início ao fim de nossas vidas. Por uma série de razões, como a idade, fatores genéticos e hábitos de vida, as paredes dos vasos podem perder a sua elasticidade, os vasos podem estreitar devido ao acúmulo de gordura e, assim, a pressão arterial aumenta.

Aproximadamente um a cada quatro brasileiros (!!!) sofre de hipertensão ou pressão alta, sendo que após os 60 anos essa porcentagem é superior a 50% da população. A pressão alta, uma doença crônica, silenciosa e que requer acompanhamento, está por trás de 80% dos casos de AVC (Acidente Vascular Cerebral) e 40% dos infartos, além de ser responsável por 25% dos casos de insuficiência renal. É motivo mais que suficiente para todos nós nos preocupemos em acompanhar regularmente a saúde do coração.

Sintomas e fatores de risco:

A pressão arterial se modifica ao longo do dia de acordo com a nossa rotina, alternando conforme o estresse, atividade física, sono, etc. Quem pratica atividade física costuma ter uma pressão arterial mais controlada, que faz com que o coração não necessite de tanto esforço para bombear o sangue. Na maioria das vezes, a hipertensão não apresenta sintomas que possam ser notados e por isso o paciente não procura atendimento médico.

Alguns sintomas que podem ocorrer:

– Dor de cabeça- Tontura
– Zumbido no ouvido
– Fraqueza
– Vista embaçada
– Sangramento nasal

Quando há esses sintomas, em geral é porque o quadro já está num nível mais elevado da doença.

Cerca de 90% das pessoas que sofrem de pressão alta tem a hipertensão primária ou essencial, que é a situação em que quando não há doença que justifique.

Fatores de risco:

– Hereditariedade
– Idade
– Má alimentação
– Excesso de sal
– Obesidade
– Sedentarismo
– Consumo de álcool
– Tabagismo
– Estresse

Distúrbios renais ou hormonais, aterosclerose ou uso de medicamentos pode ocasionar na hipertensão secundária, responsável por aproximadamente 10% dos casos.

Tratamento

Quase sempre o tratamento consiste em atividade física regular, reeducação alimentar, redução do consumo do sal, controle do peso, melhoria do sono e gerenciamento do estresse. Ter um estilo de vida mais saudável e condizente com a condição de hipertenso é mandatório para quem tem a doença, no entanto, quando a pressão está muito alta no momento do exame ou quando há fatores de risco cardiovascular, o tratamento medicamentoso é indicado junto com as mudanças no estilo de vida. O tratamento, em geral, é permanente.

Na maternidade, a pressão alta oferece riscos para a gestante e o bebê, por isso o acompanhamento no pré-natal é fundamental. Devido ao avanço do sedentarismo e obesidade entre crianças, estas também podem ter um índice preocupante de casos de hipertensão.

Pratique atividade física, controle o peso, tenha alimentação saudável evitando gorduras e alimentos industrializados, evite consumo de álcool e tabagismo, acompanhe a pressão medindo-a em casa, vá a um cardiologista ao menos uma vez por ano, durma bem, procure meios de controlar o estresse através de atividades que tragam relaxamento e descanso para a mente. Lembre-se que um estilo de vida saudável está completamente relacionado a prevenção de doenças que estão entre as que mais levam a óbito, como a hipertensão.

Além da atenção ao estilo de vida, mantenha a regularidade de visitas a um médico cardiologista.

Lembre-se que a pressão alta é silenciosa e somente profissionais especializados conseguirão diagnosticá-la e agir antes que esta atinja um nível mais grave. Se você ainda não conta com um médico cardiologista de sua confiança, está na hora de pensar em ter um.

Faça um plano de saúde e comece agora a cuidar do seu coração.
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